RECURSOS HUMANOS

Psicodrama Aplicado a Recursos Humanos.

As técnicas psicodramáticas apresentadas baseia-se na filosofia, teoria e prática propostas por Jacob Levy Moreno, e tem como objetivo promover e exercitar a postura, o pensamento e a prática psicodramática.

“O Psicodrama é uma metodologia de intervenção, diagnóstico e desenvolvimento humano, que trabalha basicamente com a ação e a representação. As pessoas representam seus conflitos, seus problemas de relacionamento e seus desejos”, Thelma Teixeira (diretora técnica da ABRH-MG).

É uma forma de trabalhar as relações interpessoais ou as questões subjetivas de um indivíduo, de maneira terapêutica, pedagógica e investigativa.

Seu campo de ação é a intersecção entre o individual e o social, pois focaliza o indivíduo no exercício das suas relações. O Eu nunca poderá encontrar-se através de si mesmo, só poderá encontrar-se através de um outro, do Tu.

Criado por Jacob Levy Moreno (1889–1974), psiquiatra romeno radicado nos Estados Unidos, pode ser utilizado em diferentes contextos para auxiliar as pessoas a resolver conflitos e melhorar relacionamentos.

O foco a ser trabalhado é evocado por sentimentos, lembranças ou histórias do cotidiano. Após a definição do tema emergente, os profissionais especialistas coordenam e ajudam tecnicamente o desenvolvimento das cenas, que podem envolver a vida real, o mundo da fantasia ou o mundo interno, experiências já vividas ou expectativas em relação ao futuro. No aqui e agora das dramatizações, os recursos de ação garantem o nível de envolvimento e o afloramento de emoções profundas, na busca de soluções existenciais criativas e adequadas.

Se o trabalho for individual, trabalha-se com representações da subjetividade e do mundo relacional do protagonista. Se for grupal, todos participam da construção coletiva que reflete a realidade grupal.

O Psicodrama é facilitador da manifestação das idéias, dos conflitos sobre um tema, dos dilemas morais, impedimentos e possibilidades de expressão em determinada situação. Fundamentado na teoria do momento e no princípio da espontaneidade, promove a participação livre de todos e estimula a criatividade na produção dramática e na catarse ativa.

Finaliza-se com o compartilhamento das emoções e com os comentários, inicialmente dos participantes da cena e depois do grande grupo, identificando-se cada um com a realidade que acaba de ser vivenciada.

O principal objetivo da ação dramática é favorecer aos membros do grupo a descoberta da riqueza inerente a todo ser humano.

Sua prática é fundamentada na Teoria dos Papéis e na Teoria da Espontaneidade.

Aplicações do Psicodrama:

  • Como psicoterapia processual, sistematizada, grupal e individual;
  • Como método de diagnóstico clínico;
  • Como psicoterapia breve;
  • Como ato terapêutico: vivências, psicodrama público, workshops, sessões abertas, jornal vivo, psicoterapia de sensibilização e mobilização sociodinâmica;
  • Como estudo diagnóstico e terapêutico de grupos sociais amplos: comunidades, grupos étnicos, clubes, escolas e associações de todo o tipo
  • Como estudo diagnóstico e terapêutico de grupos sociais configurados: prisões, reformatórios, conventos, asilos, etc;
  • Como estudo diagnóstico e terapêutico de Instituições, nos seus aspectos burocráticos e funcionais;
  • Como processo pedagógico e metodologia de ensino;
  • Como processo de aperfeiçoamento das relações humanas em casa, na escola, no trabalho e na convivência social;
  • Como processo de treinamento de lideranças grupais e comunitárias;
  • Como processo de pesquisa no campo da assistência e do trabalho social;
  • Como processo de treinamento criativo de pessoal e de equipes profissionais (role playing).

PSICODRAMA NAS ORGANIZAÇÕES

Thelma Teixeira descreve como se aplicar a técnica do psicodrama em empresas. Para isto, utilizam-se basicamente três estratégias. A primeira é o jogo dramático, feito em grupo para realizar um diagnóstico ou uma intervenção em uma situação de conflito e de relacionamento. A segunda estratégia é o role-playing ou jogo de papéis, em que as pessoas interpretam papéis. E por último pratica-se a inversão de papéis. Segundo Thelma, a inversão de papéis é uma estratégia básica, que produz um resultado muito interessante. Nela, um profissional toma o lugar do outro, sente e age como ele, fazendo-o entender o outro lado.

Na busca incessante de desenvolvimento, muitas vezes os processos humanos não são acompanhados como deveriam. Conflitos, falhas na comunicação e percepção, competição improdutiva, falta de liderança, dificuldade de trabalhar em equipe são alguns dos problemas que surgem no decorrer desta evolução.

A visão comum, as metas e objetivos ditados pelas organizações em busca de resultados eficazes devem estar alinhados com o auto desenvolvimento dos indivíduos que nela estão inseridos, através de uma comunicação eficiente, que gera confiança e segurança para lidar com os conflitos que surgem, juntamente com o desenvolvimento e aperfeiçoamento do trabalho em equipe.

Na busca dessa excelência nas relações de trabalho, o Psicodrama nos fornece ferramentas importantes que propiciam a liberação da espontaneidade e criatividade dos indivíduos, essenciais nestes momentos de transformação.

Espontaneidade significa dar respostas adequadas a situações novas e novas respostas a situações já conhecidas.

O Psicodrama possibilita trabalhar conjuntamente, o falar e o agir dos indivíduos, em busca de respostas adequadas, identificando e solucionando conflitos.

Desenvolve os processos de percepção e comunicação nas relações interpessoais, propiciando aos participantes descobrir novas formas de atuação. O diferencial reside na valorização das relações, nas relações horizontalizadas e no compartilhar das experiências vivenciadas.

QUEM FOI MORENO?

O médico romeno Jacob Levy Moreno, foi o criador do Psicodrama e do Sociodrama, é um exemplo de criatividade e dedicação à investigação psicológica e social. Este nasceu na Romênia em 1892 e faleceu nos EUA em 1974. Foi um homem de ampla cultura e forte idéias religiosas e filosóficas, amante do teatro e incansável investigador do homem e seus vínculos, deixou-nos uma obra escrita e um movimento psicodramático que abrange a América, Europa e Ásia.

Aos cinco anos de idade ocorreu à dita “brincadeira de ser Deus”, na qual ele e várias crianças brincavam de “ser Deus e seus anjos”. Moreno era Deus na brincadeira. As crianças empilharam várias cadeiras e ele ficou sentado no alto, com os anjos (outras crianças) dançando ao redor. Ao lhe ser dito que Deus voava Moreno então pulou do alto para um tombo no qual quebrou um braço.

CONCLUSÃO

Ao analisar os significados do Psicodrama cria-se a necessidade da implantação no contexto do trabalho, onde as práticas psicodramáticas possam gerar sugestões de como é importante estar sempre ressaltando o método para o desenvolvimento da capacidade de análise, manifestação dos interesses do grupo bem como para a descoberta do potencial grupal.

A possibilidade de um espaço de desenvolvimento para os participantes de um grupo esta ligada a motivação de tais, e diante da experiência com o Método Psicodramático traz a possibilidade desse espaço, pois, ao favorecer o desenvolvimento da criatividade e da espontaneidade os indivíduos assumem seus papeis de agentes de mudança.

Por fim, esse método psicodramático é totalmente eficiente por apresentar um resultado imediato, pois ocorre na hora da aplicação das atividades e ainda promove o espaço de fala, escuta, desenvolvimento da percepção de si e do outro.

Bibliografia
www.abrhmg.org.br
www.idh.com.br
http://www.psicodramanaescola.blogspot.com
www.saskiapsicodrama.com.br
www.pt.wikipedia.org
ARTIGOS COMPLEMENTARES

Organizações: Vínculo e Imagem.

Olá,

Esse post tem por finalidade desenvolver assuntos, idéias e opiniões relacionadas ao texto: Organizações: Vínculo e Imagem – Revista Administração de Empresas, Jul./Set. 1991.

Atualmente muito se fala sobre as novas técnicas que as organizações estão usando para recrutar, selecionar e entrevistar candidatos para vagas específicas da empresa.

Essas técnicas são referentes à vida pessoal do candidato, ou seja, técnicas nos quais é possível identificar se a pessoa “combina” com a empresa.

É importante ter funcionários felizes trabalhando, e é isso que a maioria das empresas estão buscando, uma combinação entre empresa e funcionário, onde ambos serão beneficiados.

Esse assunto está sendo cada vez mais trabalhado porque as empresas estão tomando consciência de que seus funcionários produzem mais em um ambiente mais feliz, onde seu trabalho é reconhecido. E o que mais se busca é reconhecimento, o poder pelo qual nos tornamos respeitados e somos inclusos na sociedade como pessoas de destaque, é o que todo mundo quer, é o que todo mundo busca.

No texto estudado é falado sobre o “Ego Imaginário” onde sua imagem é construída a partir do que as outras pessoas dizem a seu respeito, acredito que isso nos faz querer ser o que a sociedade nos pede.

Para a formação do “Ego Ideal” é necessário primeiramente seguir em busca da identidade, aquilo que realmente somos e que não deixaremos de ser. Existe um processo grande até esse “Ego Ideal”, e as pessoas criam uma regra em cima disso, onde as coisas têm que acontecer conforme a sociedade pede.

Desde muito cedo o individuo luta por status, reconhecimento e a busca da identidade. É importante que se sintam realizados, sabendo que é uma pessoa responsável, criando com isso uma identidade social.

As organizações além da sociedade, têm grande poder sobre os indivíduos que nela trabalham, mexem com o psicológico, com o estado físico e com os sentimentos, por isso é de suma importância pensar no funcionário não apenas como um número, mas sim como pessoas a serem trabalhadas a fim de torná-las mais produtivas para a empresa.

De qualquer forma o individuo estará preso ao controle que a empresa e a sociedade têm sobre ele, afinal, ele precisa trabalhar para comprar e para estar ativo na sociedade.

É inevitável, em minha opinião, que as coisas funcionem sem ter um processo mecanicista por trás de tudo, estou comentando a respeito por que mesmo que as empresas trabalhem a fim de dar melhores condições ao trabalhador (que também são minhas opiniões de como as coisas funcionam ou se ainda não funcionam em algumas empresas, deveriam funcionar) não é aconselhável exterminar totalmente o modelo mecanicista, afinal tudo precisa ser controlado e tudo deve ter regras.

O agir da organização sobre seus funcionários faz com que o “Ego” da organização também seja construído a partir do que eles pensam e passam adiante, por isso a importância do bom funcionamento de todos os setores da organização, fazendo com as pessoas aceitem e respeitem os processos.

Todos nós buscamos status, reconhecimento, vida social estruturada e com isso a procura do “Ego Ideal”, e as organizações têm um grande papel nos processos de nossas vidas, sendo que sem o trabalho, o homem em sua maioria não se sente como parte da sociedade.

😉

GERAÇÃO Y

Geração Y – O nascimento de uma nova versão de líderes.

FINAL3_Capa Gera‹o Y.inddLivro: Geração Y – O nascimento de uma nova versão de líderes. OLIVEIRA, Sidnei; Ed. Integrare.

TUDO AO MESMO TEMPO: Esse é o lema da geração Y, fazer tudo e tudo ao mesmo tempo! Eu como parte dessa geração posso falar sobre o assunto com intimidade. A velocidade com que fazemos as coisas e as múltiplas fontes de colher informações é associada ao mundo em que vivemos, ao mundo que tornamos totalmente tecnológico. Isso porque cada vez mais o grau de exigência está aumentando, os desafios e a concorrência estão cada vez maiores e a gente não quer ficar pra trás, isso nunca!

A nova era que está surgindo, a Era das Conexões, alavancada por toda a tecnologia, trás como principal atividade não a busca rápida pela informação, mas sim pelos relacionamentos. O que mais é levado em consideração são suas redes de relacionamentos e quanto mais Networking vocês puderam fazer, melhor! Chegamos ao tempo em que conhecer a pessoa certa, na hora certa, faz toda a diferença.

Mudanças é o que mais acontece nos tempos de hoje, tudo esta em transição, e as mudanças nos provocam reações diretas, sendo insegurança, negação do fato e resistência. Porém quando começamos a entender e nos posicionar diante dos cenários da mudança irá ampliar nossa consciência sobre a realidade e as reações começam a ser mais favoráveis. Saímos da resistência e começamos a nos preparar, por meio da exploração dos fatos.

Se formos bem sucedidos nessa exploração, a aceitação dos fatos é facilitada. De maneira completamente oposta à atitude de negação, passamos a considerar reais e possíveis as alterações de cenários e condições. Mas para que uma mudança ocorra de verdade, é necessário o envolvimento de todos que fazem parte do cenário.

As faces do processo de mudança são:

1 – Negação

2 – Resistência

3 – Exploração

4 – Aceitação

5 – Envolvimento

6 – Comprometimento

Por outro lado a rotina é nosso porto seguro, nossa zona de conforto, gostamos muito da rotina, ela é essencial para nossa existência. A sensação que temos é que realmente o tempo esta passando. Os movimentos à nossa volta são sempre os mesmos, as pessoas são sempre as mesmas, as escolhas são automáticas, qualquer alteração destrói a estabilidade. Mas quando enriquecemos nosso dia com experiências novas, as que fazem a mente parar e pensar, é comum percebemos a passagem do tempo de modo peculiar, nossos dias parecem ricos e cheios. Temos uma sensação de satisfação e plenitude.

Devemos considerar que todas as realidades são passíveis de mudanças, por isso ao invés de apenas percebê-las devemos ser seus protagonistas, interagindo e provocando alterações na realidade. O cenário atual depende que sejamos ativos, nos comprometendo com as novas tecnologias e com as novas gerações de pessoas.

Geração Y – nascidos entre 1980 e 1999. Uma característica marcante no comportamento dos jovens da nova geração é a de serem curiosos, famintos por informações. Ter fome de conhecimento nos direciona para todo tipo de situações e possibilidades.

A tecnologia tem grande influência na educação dos jovens de hoje. Entretanto, suas formas de influência se alteraram significativamente em relação às gerações anteriores.

Um ponto negativo da geração Y que foi citado no livro é de que eles apesar de extremamente informados não conseguem ou não sabem lidar com toda essa informação de forma produtiva. (O autor não explicou o porquê dessa citação, fica aqui a minha dúvida).

O futuro chegou e foi determinante na formação da mais complexa, desconfortante, assustadora e independente geração. Novos valores surgindo e novas verdades sendo escritas.

Está determinado ao jovem da Geração Y o destino de modificar profundamente os paradigmas e premissas estabelecidos. Contudo, isso não pode acontecer sem considerar as características que formaram as gerações anteriores, que ainda interferem bastante no futuro da nossa sociedade.

Gerações

Belle Époque – nascidos entre 1920 e 1940.

Baby Boomers – nascidos entre 1945 e 1960.

Geração X – nascidos entre 1960 e 1980.

Hoje é comum identificar famílias compostas de bisavós, avós, pais, filhos e netos, todos convivendo simultaneamente. O aumento da expectativa de vida das pessoas alterou completamente a realidade. Antes a formação clássica da família era constituída de apenas três gerações.

As pessoas hoje são mais saudáveis e mais bem instruídas, ou pelo menos o acesso a informação é muito maior, o que permite que todos tenham a possibilidade de fazer escolhas que contribuam para uma vida melhor e mais longa.

Como conseqüência estamos vivendo mais, e aqueles que já atingiram a idade da aposentaria continuam a trabalhar, pois ainda se sentem aptos pra isso, permanecendo mais tempo no mercado de trabalho.

Se tivermos como foco alocar jovens em empregos, veremos que as posições de trabalho ainda não estão disponíveis

O dilema nesse caso está justamente no fato de que, quanto mais tempo o jovem levar para entrar formalmente no mercado de trabalho e se tornar contribuinte do sistema de previdência, mais complexa será a equação dos valores da aposentadoria.

O novo modelo de relações trabalhistas precisa contemplar a possibilidade de segundas carreiras, para que profissionais mais experientes possam dar espaço aos novos.

As cinco gerações que convivem atualmente manifestam influencias mutuas e possuem peculiaridades fundamentais que afetam o relacionamento e provocam, em muitos casos, omissão e empatia nas gerações mais experientes, estabelecendo um grande vazio na formação de novas.

A geração Y tem varias características marcantes que pessoas de qualquer outra geração já conhecem, eles são questionadores, ansiosos, impacientes, buscam viver com intensidade cada experiência, mas também são julgados de coisas do tipo, distraídos, superficiais e até egoístas. Contudo, é necessário nos aprofundar e seus comportamentos para evitar tais julgamentos.

Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. Estes cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo tarefas múltiplas. Acostumados a conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo.

Eles querem RECONHECIMENTO. Receber feedback esta no topo da lista, precisam saber constantemente a avaliação que as pessoas fazem de suas ações. Esse tipo de comportamento pode afetar negativamente o desempenho da Geração Y no ambiente de trabalho, pois alguns gestores não tem o costume de dar feedback, acreditam que o jovem não precisa disso para trabalhar bem.

A INFORMALIDADE é uma característica que sempre acompanhou os jovens. Hoje em dia eles a consideram como flexibilidade e conveniência em seu comportamento. Não é a toa que as melhores empresas para se trabalhar no conceito deles é aquela que tem um ambiente agradável, que não intimida, mas promove o bem-estar e o respeito, no qual o trabalho é quase um lazer com constante movimento criativo e um bom relacionamento com os colegas. Nessas empresas flexíveis e informais, seja na forma de se vestir, nos horários ou ambiente de trabalho, eles se desenvolvem sempre melhor.

INDIVIDUALIDADE é um dos comportamentos mais gritante na Geração Y, que muitas vezes é confundido com egoísmo e arrogância, sendo que esse comportamento é fruto de pais com uma pequena quantidade de filhos, sob o pretexto de proporcionar condições melhores que as vividas por eles, e vários filhos teve a disposição quartos individuais com mais facilidades tecnológicas como TV, videogame, telefone, e mais recentemente computador e internet.

Toda essa tecnologia privilegiou a ação individual e não a coletiva, onde os jovens da Geração Y desenvolveram uma necessidade de compartilhar parte de sua vida por meio de redes sociais.

A Geração Y é a  mais conectada da historia da humanidade e sabe usufruir de toda essa tecnologia para obter mais RELACIONAMENTOS numerosos , trata-se de amplitude.

Esses jovens estão chegando agora a idade adulta e ao mercado de trabalho, portanto começam a interferir de maneira mais direta nos destinos da sociedade.

As grandes expectativas dos pais em ver os resultados de todo investimento em seus filhos, a exigência de formação acadêmica pelas empresas e a pouca disposição dos gestores em aceitar os comportamentos dos jovens da Geração Y têm provocado uma pressão intensa, refletindo no aumento da rotatividade dos empregos e na redução na formação de líderes.

Em pesquisa realizada pela Cia. de Talentos, as expectativas dos jovens com relação à empresa em que desejariam trabalhar e as principais características que esperam de seu gestor são:

Escolha de uma empresa.

1 – Crescimento da carreira: reconhecimento; melhores posições; estabilidade financeira e emocional; assumir desafios.

2 – Desenvolvimento profissional: conhecimento; experiência; aprendizado de novas técnicas; tornar-se mais capacitado; assumir grandes responsabilidades.

3 – Ambiente de trabalho agradável: Não intimida; proporciona bem-estar; trabalho é quase um lazer; constante criação; respeito; bom relacionamento com os colegas.

4 – Bons salários e benefícios: maior responsabilidade, maior salário; salário compatível com o cargo; estabilidade financeira e segurança; reconhecimento pelo o que faz.

5 – Oferece cursos e treinamentos: crescer junto com a empresa; melhor ferramenta para o crescimento; aperfeiçoamento na área de trabalho.

Principais características que esperam de um gestor.

Conhecer o negócio da empresa; oferecer feedback constante; saber definir prioridades; desenvolver os profissionais de sua equipe; respeitar e estimular o talento individual; ser objetivo e claro em suas diretrizes.

Esses dados demonstram a importância de estabelecer novas premissas que auxiliem na integração das gerações, permitindo o desenvolvimento de novos líderes.

Grandes equívocos ainda são cometidos nas decisões e escolhas feitas por pais, professores e gestores no dias de hoje.  Sociólogos, psicólogos e outros educadores constantemente fazem afirmações negativas e discriminatórias sobre os comportamentos da Geração Y.

Esses querem profetizar a decadência da juventude, o fim dos valores e dos princípios. Esse equívoco já foi cometido por nossos pais, e o erro esta sendo repetido.

Pais que querem controlar, e controle é uma forma de manter as coisas como estão e obter resultados conhecidos.

Devemos lembrar que os jovens da Geração Y são criados essencialmente por pais da Geração X, que, por sua vez, foram educados nos modelos ultra disciplinados dos baby boomers, ou seja , baseados em rígidos controles e normas.

Chris Argyris, professor de Comportamento Educacional e Organizacional, propôs o modelo de gestão baseados nos princípios da MATURIDADE, onde quanto maior a maturidade da pessoa, menor a necessidade de controle sobre ela, valendo também o oposto.

Muitas vezes, os próprios funcionamentos das organizações constituem um impeditivo para que os funcionários atinjam de forma natural um elevado grau de maturidade. As organizações esperam que os seus colaboradores sejam passivos, dependentes, que tenham uma perspectiva de curto prazo.

Segundo Argyris, sempre que um funcionário com elevado grau de maturidade se depara com uma situação destas tende a tomar uma das três atitudes:

.  Fuga: traduz-se na demissão, faltas ao trabalho, etc;

.  Luta: através de estruturas, como os sindicatos;

.  Adaptação: é a reação mais comum e consiste em desenvolver uma atitude de apatia e indiferença, em que o salário mensal representa a compensação pelo “castigo” que o trabalho representa.

Os gestores por sua vez para exercer controle sobre seus liderados começam a reter informações. Alguns entendem que reter informações é essencial para o exercício da autoridade, afinal isso faz com que os subordinados nunca estejam preparados para nada.

Devemos lembrar que o modelo de autoridade baseado no poder pela posse da informação se tornou frágil, pois, como concluímos até agora, a Geração Y tem um acesso quase que ilimitado a qualquer informação e sabe como acessá-la.

A Geração Y é jovem, o que significa estar em fase de transição e, consequentemente, ser contraditória em suas atitudes e escolhas. As referências e modelos apresentados por seus pais oscilam de forma radical.

As circunstâncias tornam extremamente complexa a tarefa de fixar um modelo ao qual os jovens possam aspirar para a vida adulta. Como resultado, eles adiam as escolhas que poderiam levá-los à maturidade.

Os jovens da Geração Y necessitam de referenciais baseados em valores e não julgamentos e regras. Eles estão carentes de orientação, de valores, de afeto real, que só podem ser alcançados por meio do diálogo verdadeiro, da negociação de expectativas de ambas as partes.

O maior desafio das empresas e dos lideres é reduzir as expectativas quanto às regras de controle como horários, forma de vestir, forma de desenvolver as atividades e dando a devida importância aos significados de cada escolha feita por eles, os valores que estão nesses significados e aos resultados e consequências que essas escolhas proporcionarão no futuro.

A característica deles de questionar incomoda muitos pais, gestores, professores, esses não entendem por que questionam tanto e muitas das vezes acham que estão sendo desafiados quando deveriam considerar que questionamento não é contestação ou desafio de seus conhecimentos, quando um jovem da Geração Y está questionando, raramente estão duvidando de “seus superiores”.

Eles consideram todo relacionamento um processo de integração, e de certa forma dão menos valor a cargos e posições sociais. Cresceram questionando seus pais a respeito de tudo e hoje questionam seus líderes nas escolas e nas empresas. Questionar é uma forma de se conectar!

O ideal é que tiremos proveito das habilidades desses jovens em trabalhar em múltiplas dimensões simultaneamente e apresentar-lhes todas as informações e possibilidades, assim como as consequências das escolhas que vierem a fazer ao invés de subestimar a capacidade deles e julgá-los por seus atos.

O autor escreve no livro que não acredita que esses jovens sejam infalíveis, ninguém na verdade é, pelo contrário, são extremamente vulneráveis, pois não possuem referencias suficientes para agir com todas as habilidades que conseguem obter em curto período de tempo.

Para ajudar no desenvolvimento das relações e aproximar as gerações o autor cita algumas atitudes que deve-se tomar quando um jovem da Geração Y faz questionamentos a pessoas de gerações anteriores:

Questionamentos – Entender que as questões não estão colocando seus conhecimentos à prova;

– Dar atenção verdadeira;

– Ouvir até o final;

– Dar respostas claras e diretas;

– Questionar somente se não houver entendido a questão apresentada;

– Não fazer suposições.

Uma das coisas que devemos aceitar é que a Geração Y tem mais habilidade em absorver informações. Eles provavelmente terão mais habilidade e serão mais atualizados do que qualquer pessoa de outra geração.

A Geração Y se comunica incessantemente, das mais diversas formas. O estilo de vida que levam, a linguagem que adotam, tanto corporal como oral, as roupas que usam e o jeito que as usam, são formas de expressão com muito mais informação do que conseguimos decifrar.

Para os pais que decidem adotar a postura e o desafio de entrar no mundo da tecnologia certamente irão obter sucesso com essa atitude, pois estarão aproximando-se dos filhos e assim entendê-los melhor.

Um assunto bastante significativo que vem a cabeça ao se pensar nos tempos atuais é a questão dos jovens que são consumidos e influenciados pela mídia, tornando-os reféns da sociedade de consumo, onde são estabelecidos padrões de vida super elevados. Os jovens buscam realizar sonhos, levando-os a tomar decisões em muitas das vezes totalmente incompreensíveis.

Sabemos que o mundo esta mudando, mas mesmo assim ainda nos surpreendemos com alguns fatos. Mas se adotarmos outra postura ainda podemos aprender muito com os novos comportamentos.

As pessoas das gerações anteriores acreditavam que assim que atingissem a aposentadoria poderiam ser feliz. A premissa se baseava na felicidade alcançada pelo fim das “pressões” do cotidiano e pela ausência de atividades cansativas.

A Geração Y pensa de forma diferente, eles querem ser felizes agora, sabem que tem grandes desafios pela frente e não querem desperdiçar o tempo.

A Geração Y é a primeira que se desenvolve em absoluto com “foco em resultados”, estimulada principalmente pela influência marcante que os videogames promovem em sua educação. Portanto, ao liderarmos esses jovens, devemos demonstrar claramente qual é o resultado a ser alcançado. Caso contrário, teremos muita energia direcionada para “resultados errados”.

Alguns fatores passaram a ter maior relevância para a motivação das pessoas e agora com a Geração Y ganham ainda mais destaque:

-Relacionamento com o líder;

-Desenvolvimento pessoal;

-Ambiente.

A questão final de todas essas informações e que o autor cita no livro, é que não adianta querer descobrir o que a Geração Y quer, e sim ajudá-los a responder “para que” querem.

A Geração Y precisa da atitude de todos aqueles que vierem antes, precisam de suas experiências, intuição e paciência. Afinal, essa geração esta sendo preparada para o futuro, para resolver problemas que ainda não existem.

😉

DEPARTAMENTO PESSOAL

Adiantamento Salarial

Adiantamento salarial, quem tem direito? É sobre o salário base? Qual a porcentagem? Caso o dia do pagamento caia no domingo, antecipa? O adiantamento é referente ao mês atual ou mês anterior?

Todos os funcionários tem direito ao adiantamento salarial desde que seja uma prática da empresa.

Vejamos,

Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou convenção coletiva.

Não havendo limitação de valores, incumbe aos acordos ou convenções coletivas tal regramento. Ou ainda, os costumes da empresa.

O adiantamento é efetuado sobre o salário base do funcionário, ou no mês da admissão a empresa pode optar por fazer esse adiantamento proporcional aos dias trabalhados.

Sobre a porcentagem, geralmente nas convenções coletivas de trabalho é estabelecido os percentuais, que normalmente, giram em torno de 40% do salário base.

Quando o adiantamento ou pagamento de salário cai em domingo ou feriado as empresas antecipam para o dia útil anterior.

O adiantamento salarial é referente ao mês em vigência, mês atual, no qual será descontado na folha de pagamento dessa mesma competência.

***** Está em busca de aperfeiçoamento Profissional? Através do idioma Inglês você pode aumentar exponencialmente as suas chances de conseguir um novo emprego ou ser promovido! Aprenda inglês com aulas online ao vivo ou presencial através do Método Callan. Do zero a uma conversa 100% em inglês em menos de 1 ano.

Experimente uma aula grátis e comprove, acesse: https://lp.hugle.com.br/vista-experimental
Ou entre em contato através do whatsapp: (12) 3021-1227 *****